quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Gabriela, sempre Gabriela


Nossa amizade já era amor antes de ser. Digo isso porque nos conhecemos e não acreditamos no tempo que havíamos perdido sem sermos amigas. Mas então a amizade começou e ganhou forma antes mesmo de que nos déssemos conta. Foi arrebatador, avassalador. Quando percebemos, já estávamos dividindo uma com a outra nossas angústias mais profundas, nossos traumas secretos e nossos sonhos e objetivos. No clichê de uma terminar a frase da outra, no clichê mais ainda de não conseguirmos passar um dia sem compartilhar pelo menos uma besteira por mensagem.

Ela cuida de mim como uma irmã. Eu me emociono quando falo dela. Não existe um problema que o “vai ficar tudo bem” dela não resolva. E é o dela, especificamente, porque ela sabe bem diferenciar a hora de dizê-lo com a hora de soltar um “é uma merda, mas eu to aqui”, porque naquela hora não, não vai ficar tudo bem, e sim, ela estar lá é suficiente para me acalmar.

Nossa amizade chegou a um ponto tão louco, no sentido literal da palavra, que dividimos até as mesmas questões emocionais, com o perdão do eufemismo. Ela entende.

Gabriela é minha melhor amiga, minha irmã de alma, de coração e de vida. Hoje é só uma data como outra qualquer, porque para celebrá-la não precisa de dia no calendário. “Gabriela, sempre Gabriela.”

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

"Só com o coração grosso é que se vive"

E aí que um milhão de anos depois decidi voltar. Terapia convencional tá caro, escrever é minha melhor terapia. Aliás, por que parei mesmo? Obrigada por ter voltado, inspiração.
Baseada em um milhão de coisas, com um milhão de coisas guardadas, querendo sair, pulsando. Eis-me aqui. Escrevendo sobre o monte de coisas que a gente passa na vida e deixa pra trás. Sobre o que a gente guarda, mas insiste em sair. Sobre o que a gente acha que morreu, mas na verdade só ficou adormecido e quando acorda tem ânsia, tem fome.
Sempre fui sonhadora, mas hoje vejo que de tanto sonhar fiquei menos impulsiva e mais racional. Paradoxal, não? De tanto sonhar, fiquei mais racional. Tudo muito complexo. Sempre fui complexa.
Cheguei a algumas conclusões de uns tempos pra cá e vou tentar fazer uma lista com elas:
1. É necessário aprender a abrir mão. Nem sempre o que a gente quer é pra ser nosso e infelizmente não temos todo o tempo do mundo;
2. Coragem não é ser forte. Coragem é tomar a decisão certa na hora certa, ainda que o coração implore pra que você desista;
3. Não existe "a pessoa perfeita". Existe o momento certo e a construção de um monte de sentimentos envolvidos;
4. Não adianta tentar esquecer. Sejam pessoas, fatos ou emoções, se estão ali é pra ficarem ali. O que dá é pra tentar não se angustiar por isso;
5. Tudo bem sofrer às vezes. Tudo bem chorar às vezes (eu disse às vezes, cancerianos). Tudo bem sentir melancolia, nostalgia às vezes;
6. "Somos donos dos nossos atos mas não donos dos nossos sentimentos." Rubem Alves
7. O amor dói, mas não mata;
8. As coisas acontecem exatamente do jeito que tem que acontecer;
9. Só com o coração grosso é que se vive.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Deduções

"Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas. É uma forma de trocar energia, de dizer: 'você não se enganou, eu estou aqui'. Porque, por mais que os obstáculos nos desafiem, o que realmente permanece costuma vir de quem não tem medo de ficar."
Fernanda Gaona

Porque hoje eu acordei assim, pensativa, analisadora e conclusiva.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sobre felicidade


Felicidade pra mim é acordar cedinho com o barulho de mensagem chegando. É sentir meu coração sorrir ao ler aquele “bom dia, meu amor”, que faz o meu dia ser bem mais bonito. Felicidade pra mim é ter alguém para compartilhar histórias, dividir momentos, contar segredos sem medo, sem receio. É saber que tem alguém ao meu lado, sempre. Que não somente se torna a minha força nos momentos difíceis, mas que comemora comigo os meus sorrisos, as minhas alegrias e as minhas conquistas como se fossem dele. Felicidade pra mim é ter em quem pensar. É ter com quem sonhar. É ter alguém que torna a minha vida muito mais doce, por existir, e por milhares de outros motivos. Felicidade pra mim é ver a vontade dele de ser mais, de se tornar melhor a cada dia por mim. E para mim. É ver que ele prefere a minha companhia mais do que qualquer outra no mundo. Que ele quer estar comigo a vida inteirinha, e diz que ainda é pouco. Felicidade pra mim é andar de mãos dadas. É ter um lar para o meu coração. É ser abrigo para o coração dele. É ter certeza do querer um “para sempre”, que dia após dia se faz verdade. Se torna real. Felicidade pra mim é receber uma ligação quando menos espero e ouvir do outro lado da linha um “eu te amo”. É estar ao lado, bem perto, e ouvir sussurrado um “você me faz feliz”. Felicidade pra mim é ser o mundo de alguém. É ver o quanto ele precisa de mim. Não por não conseguir viver sem, mas por achar a vida muito mais bonita quando junto à minha. É ver o quanto ele acha graça das minhas manias e aceita os meus defeitos. Felicidade pra mim é demonstrar um amor sem ter vergonha, sem me importar com o que os outros vão pensar. É não deixar de pensar em mim nem nele, mas pensar em nós dois como um só. Felicidade pra mim é querer uma só pessoa ao meu lado todos os dias da minha vida. E saber que o querer dele é tão grande quanto o meu. Felicidade pra mim é amar. Felicidade pra mim é amor. Felicidade, pra mim, é toda uma vida ao lado do Rodrigo Mazzeo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"Years"

Adivinha quem voltei? Oi, seus lindos!
Vim postar uma música que tem enchido minhas corridas de disposição. "Years", do Alesso. Alesso é um dj sueco de 21 anos (own) que tá ar-ra-san-do lá fora e chegando por aqui também.
Essa música tem uma edição deliciosa, a voz do Matthew Koma é suuuper legal e a letra mais fofa ainda, dá uma olhada: (...) My hands were tied, but now they're not, so grab on to desire and run away... These will be the years, these will be the years...
These will be the years, alguém discorda? ;)

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sobre individualidade

Escrevi esse texto inspirada em ninguém mais, ninguém menos do que... tcharammm...

Meu nome é Ivana, mas pode me chamar de "Bebezona"
...nossa conhecidíssima Ivana. Porque "Avenida Brasil" também é cultura ;)
A Ivana é tudo aquilo que a gente nunca deve ser em um relacionamento. Ela é mimada, infantil, insegura e completamente dependente do Max, cretino que faz de tudo com ela. Ela descobre, ele a enrola, ela descobre mais, ele a enrola de novo, num looping eterno.
Agora vamos analisar ponto por ponto para chegarmos onde queremos. Em primeiro lugar, mimada. Não existe nada mais feio e passível de vergonha do que mulher adulta mimada. Criança fazendo pirraça a gente pode até achar bonitinho. Mas daí a crescer e continuar esperneando, chorando, fazendo manha e mimimi, UI! Só de pensar me dá arrepio.
Outra característica terrível da Ivana é a infantilidade. É uma característica que se confunde com a de cima, mas essa é bem mais fácil de identificar. Vamos lá: Ivana chama o Max de "bebezão". Segue dica para levar PARA A VIDA: nunca façam isso. Não existe nada mais ridículo do que usar voz de criança para falar com adultos. Homens costumam fugir disso feito Diabo foge da cruz e, convenhamos, eles estão certíssimos. É ri-dí-cu-lo. Outro aspecto que define a falta de maturidade da Ivana são as ameaças que ela faz quando se sente ameaçada. Redundante, né? Mas faz sentido. Vou exemplificar: "se você for embora eu me mato" ou "se você fizer isso comigo eu não sei o que sou capaz de fazer", demonstrando claramente que não tem nenhuma condição de enfrentar nenhuma situação que seja adversa a algo que ela tenha planejado para a vida dela.
A insegurança dela é mais um dos motivos que fazem com que ela seja tão insuportável. Anota na agenda: mulher insegura boicota qualquer relacionamento. Segurança empina o nariz, relaxa a cabeça e coloca no coração da gente uma certeza: estamos bem com a gente, lindas e de salto 15 agulha antes de estarmos com qualquer pessoa. Insegurança denota autoestima baixa e falta de confiança e nós não queremos passar essa impressão, queremos?
Por último, mas não menos importante, a Ivana é dependente. Existe o amor saudável e o amor obsessivo. Este último para mim não é amor, mas muitos afirmam que é, então vamos citá-lo para não chatear ninguém. Na visão da Ivana, não existe vida sem Max. É fácil ouvi-la dizendo frases como "não consigo/sei viver sem ele" ou "nada tem importância sem ele aqui". Gente, sério. Já falamos disso aqui antes, no texto Metades, mas é sempre bom ressaltar: todo mundo existe por si só. A gente só não consegue viver sem ar. Pessoas não são feitas para serem grudadas, nós somos o que somos por nós mesmos e as demais pessoas servem para acrescentar o que já somos.
A pior parte da dependência de pessoas é que ela vem atrelada à perda da individualidade. "Já que não consigo fazer nada sem ele, ele também não vai fazer nada sem mim". Aí adeus ao futebol das segundas, à novela das 21h, aos papos ou cervejinha com amigas(os) e tudo mais.
Não estou aqui levantando a bandeira do egoísmo. Só estou dizendo que temos que ser capazes de separar a nossa vida da vida da pessoa que amamos. Ainda que a vontade seja tê-lo(a) por perto 24h por dia, temos que ter nossos momentos sozinhos ou com outras pessoas, sem essa obrigação de estar sempre a dois. 
Sobre individualidade, a dica é simples: em um relacionamento, você sempre vai ter que abrir mão de algumas coisas. Quando você faz uma escolha, você tanto perde quanto ganha. Mas se anular? Isso jamais.

Metades

Quanto mais o tempo passa, mais tenho a certeza de que não existe isso de alguém que nos complete. Penso que cada um de nós, por si só, já é 100%, nada disso de "metades".
Toda vez que ouço alguém falar “fulano me completa” penso “antes de você conhecê-lo te faltava a parte de baixo ou a de cima?”. Certeza de que a pessoa, apaixonada e nas nuvens, responderia que sim; que antes de conhecer o fulano da vez se sentia sem chão, sem ar, sem coração, blábláblá.
Não julgo quem pensa de qualquer maneira que seja diferente da minha, mas acho, no mínimo, de uma autoestima absurdamente baixa. Quer dizer que para a pessoa se sentir completa ela precisa de outra? Como assim? Sozinha se sente faltando um pedaço?
Sinceramente? Conheço o amor, achei o amor da minha vida há quase um ano, sou muito feliz com ele, mas sei que grande parte disso se dá por tanto eu quanto ele termos passado por muitos momentos sozinhos que fizeram com que cada um conhecesse a si mesmo e aprendesse a se gostar do que é. Não nos apaixonamos procurando o que nos faltava, nos apaixonamos para somar. Eu + ele = nós, assim como 1 + 1 = 2. Não somos duas metades, somos dois inteiros.
Eu me conheço, me aceito, me tolero; sei das minhas falhas, meus acertos, minhas derrotas, minhas vitórias, onde sou fraca e onde sou forte. Aprendi comigo mesma a mudar e continuar a mesma, aprendi também a manter para sempre os pontos em mim que considero positivos e hoje posso encher a boca para dizer: eu me amo
E você, se ama também?